quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Outro dia você me pediu palavras que dissessem do mar...
Busquei em velhos compendios, dicionários e escritos.
Mais de mil encontrei...Mas entre elas com letras embaralhadas
Seu nome me fez pensar...
Pois certamente Gaivotas voam sobre o mar...
Para mim são como barcos ligeiros,
Veleiros de alto mar.
Voam baixo seguindo as cristas das ondas
Como a guiar o marinheiro que se perdeu no brilho de um olhar.

Veleiro.Lua Navegador
Para um navegador

Nos mares onde você anda o sol costuma beijar as ondas e uma gaivota te acompanha.
É nesse imenso mar, nesse infinito de céu azul e águas claras que a maré num vai e vem de espumas, te leva e te traz, com luas que beijam e sol que aquece.
Nesse mundo líquido que te recebe e te encanta meu coração também mora e te acompanha como um pássaro, um peixe, uma brisa suave.
As ondas batem na proa, o vento balança a vela e um navegador ganha o mar que o abraça fraterno, e juntos, homem e mar, barco e vela, viajam rumo ao sonho.

Lou Witt

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Vento Sul

Bateu um vento sul
aqui no litoral
invertendo as ondas do mar
varrendo as ruas
derrubando folhas
levantando saias
despenteando cabelos.

Um vento de respeito
pescadores não vão pescar
gaivotas abaixam a cabeça
pássaros se escondem
peixes somem da superfície
roupas não ficam nos varais.

Ele não se demora muito
mas vai deixando seu rastro
faz o sol ficar mais tímido
e esconde a lua nas nuvens
mas já faz parte da vida
dos manés que moram aqui.

E me incluo, feliz e despenteada!

Lou Witt

Na tarde tranqüila
De entardecer cinzento
O mar me conta segredos
De naufrágios
Navios piratas
Garrafas com mensagens
E canto de sereias
O abissal esconde seus mistérios
E a espuma branca beija a areia
Num ir e vir de ondas
O vento assovia em cantiga
E as conchas quebram
Ao bater nas rochas
Meus olhos de expectadora
Roubam o brilho que reflete na água
E o oceano me acolhe
Como um fraterno amante

Lou Witt

sexta-feira, 13 de maio de 2011


O mar encanta os peixes,
os pássaros,
o céu e o sol.

O mar me encanta tanto!!!

sexta-feira, 6 de maio de 2011


Diário de um navegador – sobre sentimentos

"Uma vez, por observação do meu eu, concluí que a amizade e o amor são sentimentos paralelos, efetivos em suas próprias transitoriedades, fortes e ardentes na volúpia dos que se deixam por eles envolver e que fatalmente mergulham nas fronteiras do desconhecido para se renovarem ao feitio dos ritos das marés e ao sabor das ondas que se quebram nas praias já exaustas de seus percursos pelo mar aberto."
Veleiro. Lua Navegador

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Diário de um navegador

"o meu dia por aqui amanheceu como uma pintura..céu e mar azul... e com um detalhe de uma tartaruga relativamente grande dando voltas no Lua, como a me trazer o valor dos seus desejos."
Veleiro. Lua Navegador

sábado, 16 de abril de 2011

Das encostas ao abissal

Viajo em pensamentos na imensidão do espaço.
Ultrapasso fronteiras, quebro barreiras.
Transporto-me as encostas do mar, aos rochedos, as pedras onde ondas lambem e conchas grudam.
O cheiro do mar me seduz, as ondas me namoram.
Devia ter nascido sereia para encantar quem chegasse até meu mundo e ouvisse meu canto, ou peixe, simples peixe com barbatanas leves e ligeiras.
Quem sabe ostra, escondida até que a luz me inundasse e me cobrisse de águas marinhas. Ou talvez eu fosse o sal que tempera as águas e dentro desse imenso mundo líquido tivesse a função de ser invisível e marcante. Ou seria apenas areia, incontáveis e pequenos grãos de areia que cobrem as praias.
Mas nasci longe de ser qualquer uma dessas coisas ou seres e me espremo nesse vasto mundo onde a terra às vezes machuca meus pés e as estradas sempre me convidam a ir mais além. E vou, e enquanto meus sentidos não se deparam com o cristal das águas e o marulhar das ondas eu não me encontro em completa paz.
O vento por vezes é meu companheiro, não quando sopra muito forte, mas quando é manso e sereno, esse, traz até minhas entranhas vestígios de um mundo maior e sinto seu cheiro desde a orla até os abissais.
Meu ser vive disso, dessa espera dolente, desse pulsar de coração aflito, desse latejar de veias que se dissipa quando o sol com seus raios me empurra para o mundo imenso que chamam oceano.

 Lou Witt

sexta-feira, 1 de abril de 2011


O mar dança
Com franjas brancas de espuma
Parece nuvem que caiu do céu
E banhou de azul o manto da terra

Lou Witt

terça-feira, 29 de março de 2011

Razões

Se um dia sentir falta do mar me avise.
Pode simplesmente, escrever em mal traçadas linhas, avisar por um bilhete, carta, e-mail ou até mesmo por sinais de fumaça.
O faça, dizendo quando vai chegar, porque se juízo tiver pequenas regras haverá de observar....

Primeiro recomendo se aproximar percuciente e paciente como quem nada quer.... Guarde certa distancia, pois se a primeira vista se mostre ele calmo a semelhança de algumas poças ou lagos, certamente e de repente pode se retratar em louco dragão fazendo tudo remexer a sua volta, cuspindo ondas enfurecidas, rugindo loas as rajadas de sotavento.
Mas essas repentinas mudanças jamais lhe alteram o conteúdo, visto que é por demais sabido que ele, tanto como nós, temos no íntimo luas mutantes que no fundo não passam de "boa areia" porque suas mudanças são apenas passos de dança.

Segundo, aconselho que ao chegar a sua beira deixe que ele recubra lentamente os pés, depois as pernas, coxas, cintura, seios e por fim alcance o pescoço, cuidando sempre de não lhe entregar de vez os cabelos porque se confundidos a algas por certo hão de lhe gerar alguns ciúmes. Assim, de preferência prenda-os em forma de coque.

Terceiro, tente mergulhar; mas para tanto. Tente imitar os cisnes que perfurando o espelho que lhes envolve nada mais cria de redemoinhos a sua volta sem afetar a doce visão do fundo onde pontilham estrelas caídas de confundíveis formas e cores.

Quarto. Ao emergir tome por forma e princípio o agir das gaivotas de alto mar, sinta ao seu redor, quer em carneiros tocados pelo vento, quer em estado de profunda calmaria toda a imensidão que sustenta o balet de seu corpo quase frágil diante da imaginária linha do horizonte e se deixe levar por alguns minutos em correntes de nuvens de um sonho qualquer.

Quinto. Já na areia cuida para que em atos disfarçados não descubram de logo, se algum observador houver que a retornada princesa se transformou em sereia, visto que elas realmente existem diante do constatado por Netuno e afirmado por Homero.

Sexto. Não tal qual Ulisses temente, deixe que todos ouçam os cantos porque não é justo lançarem as rocas criaturas que só aos deuses pertencem....

Veleiro. Lua Navegador


terça-feira, 1 de março de 2011

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Teus fortes com canhões antigos
que guardam da guerra vestígios e segredos
conservam-se imunes ao peso do tempo.
É nesse mar de amores
que a vida bate na proa
e o vento assovia
uma canção para as ondas.
E nesse imenso oceano
meu coração é menino apaixonado
e sonha quando a água vem e vai
deixando marcas na areia
e dentro de mim paixões.

Lou Witt
Tatuirinhas 
gordinhas
com medo
ja ja vão pra areia
onde a vida
é feita de espumas
e bater de ondas

Lou Witt
irão todas se enfiar na areia

domingo, 2 de janeiro de 2011

O mar bate suas ondas
Marolando
Marolando
O mar me encanta e me seduz
Me põe a cantar
Encostas
Pedras
Areia
Espumas
Meninas e meninos a nadar
Peixes
Gaivotas
Conchas
Castelos
O mar me chama pra namorar

Lou Witt

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

O mar

O mar que me cerca
tem montanhas e rochedos
e lindas praias de areias brancas.
Tem ondas e espumas com sal
e tatuíras que correm rápidas
e se escondem ao sinal de passos.

O mar que me banha
tem o cheiro do verão
e o gosto do tempero da vida.
Tem o azul que reflete o céu
no espelho das águas
límpidas e transparentes.

O mar que me saúda
tem o amor puro de Deus
e o sopro da brisa matinal.
Tem os mais diversos peixes
que dividem comigo
um pedacinho da imensidão.

O mar que eu amo
tem ondas que me abraçam
e águas claras que me lavam.
Tem encantos que só eu sei
e conchas que me trazem
seus segredos e mistérios.

Lou Witt

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Poemas que nasceram quando a chuva castigava minha amada terra:

Um papo com Hercílio...
Hercílio, nos dê uma Luz
A praia é Mole
Mas vida tem sido muito dura
Com aqueles que não têm nada de "manés"
Somente manezinhos
Avisa lá pra Joaquina
Que ainda tem muita onda para surfar
Mas não precisa de tanta água
A ilha já se formou, Hercílio
Da magia que é a terra
Da beleza das modelos
Se melhorar, estraga
Já está bom demais, não precisa piorar

"Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair mas parar..."

A súplica, outrora cearense,
Agora é catarinense
Talvez do mundo inteiro
E muito deste mineiro
Hercílio, faça a ponte
Devolva-nos um belo horizonte
Faça o molhado secar...

(Angelo Portilho)


Minha resposta

Se a chuva parasse agora
e o sol desse ares de graça
secando o solo e restabelecendo o chão
em um barco eu sairia mar afora
com as ondas batendo na proa
e o vento desmanchando meus cabelos.

Se as águas fossem embora
e tudo voltasse ao normal
eu iria até a costa da Lagoa
saltaria do mais alto trapiche
e mergulharia o mais fundo que pudesse
até ficar completamente sem ar
voltaria à superfície
e dividiria com as gaivotas
o ar santificado da encosta.

Se o vento levasse embora
todas as nuvens carregadas de chuva
eu correria na avenida das rendeiras
e faria da Lagoa da Conceição
meu lugar mais que sagrado
e na montanha mais alta eu subiria
só pra poder mandar pelos ares
uma mensagem a um poeta
que divide comigo seus versos
e nos meus dias de chuva
comigo ele compartilha
os raios de seu mineiro sol.

(Lou Witt)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poeminha da tarde sem sol

Tarde cinzenta
e eu aqui esperando as horas passarem
desejando estar a beira mar
sob a luz do sol
ou embaixo das estrelas

Lou Witt

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


ARANTE BAR

“Tudo começou em 1958, quando Arante Monteiro abriu um bar na praia do Pântano do Sul para os pescadores. A partir daí, na década de 70, estudantes de todo Brasil passaram a frequentar o bar, que ficava no meio do caminho de muitos locais para acampamento. Afim de avisar aos amigos que ainda estivessem por chegar, os estudantes deixavam no bar bilhetes, dizendo aos amigos qual era sua localização. Foi aí que nasceu a famosa mania do Bar do Arante: os bilhetinhos colados na parede”.


Cada vez que passo por lá, tento encontrar os bilhetinhos que deixei, mas nunca os encontro. Misturam-se com centenas de outros e nunca sei ao certo onde deixei, e sempre deixo outro.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

 
Sou do sul
 
Sou do mar
 
Sou da Santa e Bela Catarina
 
Onde o céu é mais azul
 
e as areias mais brancas
 
Onde até mesmo as gaivotas
 
se apaixonam pelo mar
 
Lou Witt

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Renda de bilro
 
Desde a década de 50 a renda de bilro faz parte da cultura artesanal de Florianópolis.
Ao longo da Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição encontramos várias lojinhas com lindas peças tecidas pelas mãos ageis das rendeiras.
 

domingo, 21 de novembro de 2010

Sandboard nas dunas da Joaquina
Aventura inesquecível
 

Um medinho nas primeiras descidas


Alguns vários tombos


Força nas subidas


E sensação de liberdade


Vale a pena experimentar (apesar dos tombos)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Havia um arco-íris no céu
Que derramou sobre mim suas cores
E eu que já era apaixonada por essas terras
Fiquei tomada de amores

Lou Witt

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Você sabe falar manezês???

Adijaôs (ou dijaôs ou (a)dijaôje) – ainda há pouco, há alguns instantes.

Ah! Para ô! (ou apara ô!) – pare com isso! Pare de falar bobagens!

Ãh-ãh-ãh! (são geralmente três ãhs) – dito quando se acha que o que foi falado ou foi feito não passa de uma bobagem ou um exagero: Ãh-ãh-ãh, se tens dinhêro pra comprá um carro desse ô!

Ai! Ai-ai-ai! – expressão de admiração e/ou aprovação. Equivale a “você é demais!”. Muitas vezes é usado ironicamente. É necessário ouvir um nativo para aprender a entonação. (o primeiro “ai” é mais enfático, depois há uma rápida pausa seguida pelos três “ais” sendo que o “a” do último “ai” é alongado).

Atentado/a – pessoa brincalhona, provocadora: Ô rapage atentado esse!

Arrombasse! – você foi/fez muito bem! Freqüentemente usado ironicamente (nesse sentido antigamente dizia-se “arrombasse Laila!” (sic)).

Coisa linda! – parabéns! Você está muito bem! É dito geralmente com ironia. Também pode significar (sem ironia) “perfeito!”, “tudo está certo/correto!”.

Coisa tola – pessoa tola, sem graça.

Dás um ([da´zũ]) banho! – dito a uma pessoa que fez algo extraordinário ou, ironicamente, muito estúpido.

Deve de tá (+gerúndio ou a+infinitivo(uso antigo)) – provavelmente está + gerúndio. Ex.: não vai lá não! Ele deve de tá almoçando a essa hora.

... e pau nos córno! – é dito como incentivo após um anúncio para começar algo (geralmente prazeroso ou emocionante). Equivale a “mãos à obra!”, “vamos botar para quebrar!”. Ex.: o cardo/caldo de pêxe tá pronto gente! Cada um faz o sô pirãozinho e pau nos córno!

É capaz/é capaz mesmo! – é possível! Até parece! Ex.: é capaz que tu não pode carregá essa pedra ô! (sabendo-se que a pessoa tem completa capacidade).

Ei(ta) nêgo! – expressão de aprovação (usado ao ver uma mulher bonita ou uma coisa grandiosa/exagerada). Geralmente não é preciso dizer mais nada a seguir. Pode ser usado ironicamente. “Ei(ta)” é usado antes de um palavrão para dar ênfase.

Então, então! – uma resposta irônica a um comentário também irônico. Equivale a um “é isso aí!”, “bem isso aí!”. É usado principalmente por mulheres.

Entendesse? – equivale aos finais “entendeu?”, “sabe?”.

Istepô – (de estupor?) pessoa que atrapalha (geralmente de propósito) ou que prega peças.

Me/m’admiro de ti (ô)! – você agora me surpreende! Estou surpreso com você agora!

Meu/mô filho – meu caro (freqüentemente dito com ironia). Ex.: ô mô filho, pára de dizê bobaz!

Não digo mesmo! – que absurdo! Que besteira está dizendo/fazendo! (É usado para chamar a atenção de alguém).

Não és (nem) lôco de! – não seja idiota (de)! Não se atreva (a)! (Dito quando alguém deseja fazer algo proibido, arriscado ou sem autorização).

Não, não (+ o mesmo verbo da pergunta) – sim ...!, sem dúvida que ...!, é claro que ...! Ex.: - O gato comeu o canaro? - Não, não comeu! = comeu sim! Sem dúvida que comeu!

Não, não é? - é ironicamente dito quando a pessoa com quem falamos estranha uma obviedade ou algo bem claro para nós. Ex.: - Carro azul? = Esse carro é azul? - Não, não é? = É claro que é azul!

Não puxá pela cabeça – não usar do bom senso/da inteligência.

Não tem? – equivale a “sabe?”, “entende?” finais. Ex.: ela tem três filho do primêro casamento não tem? Alguns o usam de modo vicioso.

Ói-ói-ó! (pronunciado rapidamente) – olha só! Como é possível isso?

Pió/pior que é! - realmente é verdade! infelizmente é verdade!

Pôs/pois agora... – então..., pois é.... É dito quando ficamos embaraçados ou sem saber o que responder diante de uma pergunta.

Pôs/pois então [pó(i̯)zĩtãũ̯]– o mesmo que “pois agora”.

(só) Pra ti/tu vês/vê (+ o nome da pessoa com quem conversamos ou guri ou rapage ...) – veja só, só para o seu conhecimento. Ex.: ele tem duas casa de praia (só) pra tu vês João.

Que é uma coisa! – demais, bastante. Geralmente usado em situações não favoráveis. Ex.: tá chovendo que é uma coisa!

Qué(s) vê(s) (só) – equivale a dizer “principalmente”, “um bom exemplo é”. Ex.: - Que frio que tá na praia! - Qués vês de madrugada!

Rapage – menino, rapaz, guri, homem novo.

Sentá a mão – bater, esbofetear.

Só pros teu/to córno (ou: pras tua venta) (mesmo)!: só você acha isso! Também usado quando alguém fez ou falou uma besteira: só pros teu córno mesmo fazê uma casa nessa lonjura ô!

ENTENDESSE?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pescador solitário
nem se importou com a minha presença

Lindamente branco
leve
e livre