segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Poeminha da tarde sem sol

Tarde cinzenta
e eu aqui esperando as horas passarem
desejando estar a beira mar
sob a luz do sol
ou embaixo das estrelas

Lou Witt

quarta-feira, 24 de novembro de 2010


ARANTE BAR

“Tudo começou em 1958, quando Arante Monteiro abriu um bar na praia do Pântano do Sul para os pescadores. A partir daí, na década de 70, estudantes de todo Brasil passaram a frequentar o bar, que ficava no meio do caminho de muitos locais para acampamento. Afim de avisar aos amigos que ainda estivessem por chegar, os estudantes deixavam no bar bilhetes, dizendo aos amigos qual era sua localização. Foi aí que nasceu a famosa mania do Bar do Arante: os bilhetinhos colados na parede”.


Cada vez que passo por lá, tento encontrar os bilhetinhos que deixei, mas nunca os encontro. Misturam-se com centenas de outros e nunca sei ao certo onde deixei, e sempre deixo outro.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

 
Sou do sul
 
Sou do mar
 
Sou da Santa e Bela Catarina
 
Onde o céu é mais azul
 
e as areias mais brancas
 
Onde até mesmo as gaivotas
 
se apaixonam pelo mar
 
Lou Witt

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Renda de bilro
 
Desde a década de 50 a renda de bilro faz parte da cultura artesanal de Florianópolis.
Ao longo da Avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição encontramos várias lojinhas com lindas peças tecidas pelas mãos ageis das rendeiras.
 

domingo, 21 de novembro de 2010

Sandboard nas dunas da Joaquina
Aventura inesquecível
 

Um medinho nas primeiras descidas


Alguns vários tombos


Força nas subidas


E sensação de liberdade


Vale a pena experimentar (apesar dos tombos)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010


Havia um arco-íris no céu
Que derramou sobre mim suas cores
E eu que já era apaixonada por essas terras
Fiquei tomada de amores

Lou Witt

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Você sabe falar manezês???

Adijaôs (ou dijaôs ou (a)dijaôje) – ainda há pouco, há alguns instantes.

Ah! Para ô! (ou apara ô!) – pare com isso! Pare de falar bobagens!

Ãh-ãh-ãh! (são geralmente três ãhs) – dito quando se acha que o que foi falado ou foi feito não passa de uma bobagem ou um exagero: Ãh-ãh-ãh, se tens dinhêro pra comprá um carro desse ô!

Ai! Ai-ai-ai! – expressão de admiração e/ou aprovação. Equivale a “você é demais!”. Muitas vezes é usado ironicamente. É necessário ouvir um nativo para aprender a entonação. (o primeiro “ai” é mais enfático, depois há uma rápida pausa seguida pelos três “ais” sendo que o “a” do último “ai” é alongado).

Atentado/a – pessoa brincalhona, provocadora: Ô rapage atentado esse!

Arrombasse! – você foi/fez muito bem! Freqüentemente usado ironicamente (nesse sentido antigamente dizia-se “arrombasse Laila!” (sic)).

Coisa linda! – parabéns! Você está muito bem! É dito geralmente com ironia. Também pode significar (sem ironia) “perfeito!”, “tudo está certo/correto!”.

Coisa tola – pessoa tola, sem graça.

Dás um ([da´zũ]) banho! – dito a uma pessoa que fez algo extraordinário ou, ironicamente, muito estúpido.

Deve de tá (+gerúndio ou a+infinitivo(uso antigo)) – provavelmente está + gerúndio. Ex.: não vai lá não! Ele deve de tá almoçando a essa hora.

... e pau nos córno! – é dito como incentivo após um anúncio para começar algo (geralmente prazeroso ou emocionante). Equivale a “mãos à obra!”, “vamos botar para quebrar!”. Ex.: o cardo/caldo de pêxe tá pronto gente! Cada um faz o sô pirãozinho e pau nos córno!

É capaz/é capaz mesmo! – é possível! Até parece! Ex.: é capaz que tu não pode carregá essa pedra ô! (sabendo-se que a pessoa tem completa capacidade).

Ei(ta) nêgo! – expressão de aprovação (usado ao ver uma mulher bonita ou uma coisa grandiosa/exagerada). Geralmente não é preciso dizer mais nada a seguir. Pode ser usado ironicamente. “Ei(ta)” é usado antes de um palavrão para dar ênfase.

Então, então! – uma resposta irônica a um comentário também irônico. Equivale a um “é isso aí!”, “bem isso aí!”. É usado principalmente por mulheres.

Entendesse? – equivale aos finais “entendeu?”, “sabe?”.

Istepô – (de estupor?) pessoa que atrapalha (geralmente de propósito) ou que prega peças.

Me/m’admiro de ti (ô)! – você agora me surpreende! Estou surpreso com você agora!

Meu/mô filho – meu caro (freqüentemente dito com ironia). Ex.: ô mô filho, pára de dizê bobaz!

Não digo mesmo! – que absurdo! Que besteira está dizendo/fazendo! (É usado para chamar a atenção de alguém).

Não és (nem) lôco de! – não seja idiota (de)! Não se atreva (a)! (Dito quando alguém deseja fazer algo proibido, arriscado ou sem autorização).

Não, não (+ o mesmo verbo da pergunta) – sim ...!, sem dúvida que ...!, é claro que ...! Ex.: - O gato comeu o canaro? - Não, não comeu! = comeu sim! Sem dúvida que comeu!

Não, não é? - é ironicamente dito quando a pessoa com quem falamos estranha uma obviedade ou algo bem claro para nós. Ex.: - Carro azul? = Esse carro é azul? - Não, não é? = É claro que é azul!

Não puxá pela cabeça – não usar do bom senso/da inteligência.

Não tem? – equivale a “sabe?”, “entende?” finais. Ex.: ela tem três filho do primêro casamento não tem? Alguns o usam de modo vicioso.

Ói-ói-ó! (pronunciado rapidamente) – olha só! Como é possível isso?

Pió/pior que é! - realmente é verdade! infelizmente é verdade!

Pôs/pois agora... – então..., pois é.... É dito quando ficamos embaraçados ou sem saber o que responder diante de uma pergunta.

Pôs/pois então [pó(i̯)zĩtãũ̯]– o mesmo que “pois agora”.

(só) Pra ti/tu vês/vê (+ o nome da pessoa com quem conversamos ou guri ou rapage ...) – veja só, só para o seu conhecimento. Ex.: ele tem duas casa de praia (só) pra tu vês João.

Que é uma coisa! – demais, bastante. Geralmente usado em situações não favoráveis. Ex.: tá chovendo que é uma coisa!

Qué(s) vê(s) (só) – equivale a dizer “principalmente”, “um bom exemplo é”. Ex.: - Que frio que tá na praia! - Qués vês de madrugada!

Rapage – menino, rapaz, guri, homem novo.

Sentá a mão – bater, esbofetear.

Só pros teu/to córno (ou: pras tua venta) (mesmo)!: só você acha isso! Também usado quando alguém fez ou falou uma besteira: só pros teu córno mesmo fazê uma casa nessa lonjura ô!

ENTENDESSE?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Pescador solitário
nem se importou com a minha presença

Lindamente branco
leve
e livre

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Que encanto tem
as coloridas flores e pimentinhas
que todo sábado enfeitam a alfandêga?

Que magia me atrai
e me deixa horas a caminhar
em meio às barracas da feirinha?

Será que alguma bruxa
desta encantada ilha
me enfeitiçou para sempre?

Lou Witt

segunda-feira, 8 de novembro de 2010


Passeio

O barco segue pela costa da lagoa
no céu desenhado de nuvens o sol clareia
e no mar azul as ondas batem no barco
marolando e deixando um rastro de espuma.


Se a sorte estiver a meu favor
encontrarei no caminho algum golfinho
e mais adiante descerei na costa
e saltarei de algum trapiche
onde as águas serão tão claras
que verei os peixinhos nadarem
e dividirei com eles um pedacinho do mar.


Verei muitas gaivotas, com certeza
e aventureiros saltando de asa delta
colorindo e dando mais beleza ao céu
misturando o voo dos pássaros
com a ilusão do voo dos homens.

Lou Witt

Floripa
Ilha da magia

Ilha de encantos, de lendas e mistérios
de sambaquis e praias de areias brancas
por ti me apaixonei e aqui fiz minha morada.

Teus fortes com canhões antigos
que guardam da guerra vestígios e segredos
conservam-se imunes ao peso do tempo.

Tuas lagoas de águas serenas e mar azul
onde os barcos navegam e as crianças brincam
com castelos de areia e mundos encantados.

Ilha dos contos de Franklin Cascaes
que dá vida a seres misteriosos
boitatás, lobisomens, fantasmas.

Das bruxas que dão nós em crinas de cavalos
e que voam em suas vassouras mágicas
mar afora assombrando pescadores.

Ilha das tradicionais rendeiras e da velha figueira
do boi de mamão com sua maricota
de braços longos e pernas compridas.

De montanhas, praias e gaivotas
de brisa perfumada e sol dourado
de ondas que beijam com sal e espuma.

Onde em noites de eterna magia
reflete nas águas a forma da lua que formosa
brilha e se rende aos encantos da ilha. 

Lou Witt

sábado, 6 de novembro de 2010


Lagoa Formosa

Quero andar na lagoa quando o dia nascer azul e o sol refletir na água meu sorriso de gente feliz.

Mergulhar fundo até onde meus pés não alcançam e sentir-me livre dentro de um pedacinho de oceano.

Me encantar com as gentes que enfeitam o céu brincando de pássaros com suas asas coloridas.

Caminhar na avenida das rendeiras e de cima da ponte ver os barcos ancorados.

Parar nos trapiches para olhar os pescadores e fugir dos siris que andam rasando na areia.

Olhar o horizonte por trás das montanhas e subir à costa até o último ancoradouro.

Comer camarão ao bafo e isca de peixe e ouvir histórias de manezinhos que riem de tudo.

Sentir o cheiro do mar e sorrir para as gaivotas que parecem sempre querer me agradar.

Quero abraçar minha lagoa com braços imagináveis, olhar para o céu e agradecer em preces por pisar no chão
e mergulhar nas águas da minha amada Lagoa.

Lagoa da Conceição.

Lou Witt

terça-feira, 2 de novembro de 2010


Ah mar

Quando chega a tarde
E o sol se põe no infinito
Ouço o barulho do vento
Batendo nas encostas
E mesmo estando distante
Sinto o cheiro do mar
Que descansa noturno
Enquanto suas ondas
Varrem as praias
Num ir e vir de bailado
Onde os peixes se escondem

Lou Witt